“O diabo – se é permitido num livro de ciência empregar esta palavra desacreditada e vulgar -, o diabo se dá ao mago e o feiticeiro se dá ao diabo.” (Eliphas Lévi)
Lúcifer Prometeu, acorrentado na dura rocha da lide cotidiana, sofre com o Abutre do materialismo e da vulgaridade que abunda na sociedade.
Esse Abutre do vulgarismo, da profanidade, da anti-iniciação, corrói o fígado desse Titã, que por amor à essência humana, roubou o Fogo do Olimpo. O fígado é o Calvário onde crucificamos todos os dias o Salvador.
A figura trágica e rebelde de Prometeu, símbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais presentes na cultura ocidental. Filho de Jápeto e Clímene – ou da nereida Ásia ou ainda de Têmis, irmã de Cronos, segundo outras versões – Prometeu pertencia à estirpe dos Titãs, descendentes de Urano e Gaia e inimigos dos deuses olímpicos.
O poeta Hesíodo relatou, em sua Teogonia, como Prometeu roubou o fogo escondido no Olimpo para entregá-lo aos homens. Fez do limo da terra um homem e roubou uma fagulha do fogo divino a fim de dar-lhe vida. Para castigá-lo, Zeus enviou-lhe a bela Pandora, portadora de uma caixa que, ao ser aberta, espalharia todos os males sobre a Terra.